domingo, 16 de maio de 2010
O jornal morre um pouco a cada dia
Vira e mexe vejo/escuto alguém dizer que precisamos nos preparar para as mudanças pelas quais a Comunicação está passando com o avanço da tecnologia.
Sinceramente, acho que quem ainda não "se adaptou", deixou o bonde passar. O processo de comunicação quebrou tantos paradigmas que até atos como namorar ou comprar produtos, antes considerados experiências tão pessoais, se tornaram virtuais e ninguém mais estranha. O post com os números das mídias sociais diz que um em cada oito casais que casaram nos Estados Unidos se conheceu pela internet. E eu me pergunto: quantos se deixam levar pelos encantos de alguém do outro lado do mundo via email ou qualquer ferramenta de comunicação atual mas não fazem parte das estatísticas?
Aliás, mensagens eletrônicas mudam completamente a vida das pessoas, e não apenas emocionalmente falando. Tem gente sendo demitida por "bobagens" postadas nas redes sociais, consumidores fazendo seleção digital de produtos e serviços, etc, etc. A mudança já chegou, meu amigo!
Será que o conselho a ser dado é "prepare-se para o que virá" ou "mantenha-se sempre atualizado com o que está vindo"? No meu humilde ponto de vista, o conselho a ser dado é o segundo. O "futuro" não chegará apenas daqui a mil anos, ele chega um pouquinho a cada dia. O jornal impresso não vai deixar de existir daqui a cem anos, ele deixa de existir um pouco a cada dia. O processo é contínuo e o foco não deve ser nas ferramentas, que estão sempre mudando. O foco é no "como", no que é aceito, no que é desejado.
Quem deixa o bonde passar, come poeira. Quem se adapta, segue com vantagem à frente dos concorrentes.
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Um comentário:
Com certeza, é de maneira ao mesmo tempo tranquila, ao mesmo tempo assustadora, que me vejo aos 41 anos no turbilhão das mudanças nas mídias.
Comecei a exercer minha profissão escrevendo matérias na máquina de escrever, contando laudas e mandando o texto para o diagramador "riscar" a página em sua mesa de desenho. As mudanças foram chegando e me adaptei superbem. E dei graças a Deus por os computadores e a Internet terem facilitado tanto o meu trabalho.
Hoje estudo para produzir livros e vejo que os "de papel" caminham para existir prioritariamente - se não totalmente - no Ipad e afins. E o meu sonho de ser uma editora aos moldes românticos de José Olympio e cia. vai ficando no passado. O jeito é sermos como a metamorfose ambulante... Encontrar poesia também no novo, no tecnológico. Mudar, nos adaptar, não nos intimidar. Fazer cursos, comprar essas máquinas novas, não nos fechar ao mundo digital... Caso contrário, é aposentadoria na certa!
Texto muito oportuno, Tati! Espero que o Imagem e Comunicação vá nos mantendo sempre antenados com tudo o que vem de novo por aí.
Beijos!!!!
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