terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A era da transparência total

I see right through youphoto © 2009 Eleanor G. Johnson | more info (via: Wylio)Pouco a pouco as empresas começam a aderir à estratégia de transparência total, uma tendência que revoluciona por completo a comunicação corporativa. Antes, o departamento de comunicação tentava "maquiar" a realidade mostrando só os aspectos positivos da empresa e calando-se em relação aos assuntos sensíveis.

A demanda atual é completamente diferente. A sociedade quer a verdade verdadeira. E cabe ao novo departamento de comunicação aprender a lidar também com as feridas abertas de modo que o impacto negativo seja o menor possível. E é nesse contexto que o comitê de gestão de crises ganha mais importância. A empresa que mapeia os seus riscos, estará mais preparada para enfrentar as adversidades que porventura ocorram.

Mas voltando ao assunto, a decisão de entrar na era da transparência total mostra a maturidade da empresa e de seus gestores. Simbolicamente, é como se o gestor desse a chave da empresa à sociedade e dissesse: "entre que a casa é sua". Uma decisão em que todos saem ganhando, pois demonstra a intenção de resolver os problemas existentes.

E eu falei isso tudo só porque vi no Valor Econômico de hoje uma matéria sobre o novo CEO da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, em que ele dizia que não haveria mais "assunto intocável" na Eletrobras. Lindo isso, não?! :-) Vejam só um trecho: 

"Menos de 24 horas depois de o ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, ter confirmado o nome de José da Costa Carvalho Neto para a presidência da Eletrobras, o ex-presidente da Cemig já falava com fluência dos muitos assuntos que vai enfrentar ao assumir a companhia ainda neste mês. "Não vão existir assuntos intocáveis na Eletrobras", disse Costa em sua primeira entrevista, dada com exclusividade ao Valor, na noite de ontem, e em referência a problemas apontados pelos minoritários da empresa no ano passado. "A presidente Dilma me deu a missão de modernizar a Eletrobras e dar mais eficiência de forma a se traduzir em mais segurança de fornecimento e mais retorno para o acionista".

2 comentários:

Luiz Antônio Gaulia. disse...

Mais do que "verdade verdadeira" é a coerência que faz a diferença. Se promessa é dívida, nossos atos falam mais alto que nossas palavras. Mesmo que a propaganda seja a alma (ou arma?) do negócio...

Tatiana Maia Lins disse...

Sem dúvida! Os atos que confirmam a promessa. Essa brincadeira com a propaganda é a alma/arma do negócio me lembra uma música de Zeca Baleiro que diz: "a alma é o segredo do negócio". E sendo assim, impossível não pensar no capital Humano, nas necessidades de treinamento e de comunicação para que todos ajam de forma coerente com a promessa e para que haja alinhamento estratégico.
Né, Gaulia? ;-)