terça-feira, 19 de junho de 2012

O que mudamos desde o Egito Antigo?

Há alguns dias, estive no Louvre. Esta foi a minha terceira visita àquele museu e, a cada vez, descubro uma nova preciosidade. Seja porque simplesmente não tinha tido tempo ainda de ver tal peça, seja porque a vejo com novos olhos.

Nesta visita, me chamou a atenção um hieróglifo na parte do Egito Antigo. Tive que tirar fotos para mostrar a vocês que "desde que o mundo é mundo" as pessoas sentem necessidade de contar as suas histórias. "Desde que o mundo é mundo" já existe marketing pessoal. E "desde que o mundo é mundo", os conhecimentos são tratados como tesouros, guardados a sete chaves e passados como herança aos filhos. Nestes aspectos, não mudamos tanto desde o Egito Antigo, não é?

Em português, o que temos aproximadamente na pedra é:

"O escriba e mestre artesão, escultor Irtysen disse:
Eu sei os segredos do hieróglifos e sei realizar rituais de celebração, eu domino a magia e nada me escapa, eu sou um artesão especialista na minha arte e me distingo por meu conhecimento. Eu sei as técnicas de fundição (?), pondero de acordo com as regras e técnicas de montagem, de modo que cada elemento esteja no lugar, estou reproduzindo em estátuas homens marchando, mulheres, o comportamento das aves ... aprisiono a postura que evoca o medo ... e a face do inimigo morto (etc). Eu sei fazer materiais que o fogo não pode consumir nem a água dissolver. Eu não revelo o processo para ninguém, exceto a meu filho mais velho: o soberano divino me autorizou a revelar para ele, eu constatei a sua competência na condução dos trabalhos em vários materiais preciosos, de ouro a prata e marfim e ébano."




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