Ana Luisa Almeida (Reputation Institute), Eduardo Felberg e Alexandre Maranhão (Petrobras) |
Nas empresas que apresentaram seus cases, o público interno está sendo alvo de grandes esforços de engajamento. O trabalho para ser bem feito precisa começar dentro de casa. A importância do público interno para a construção e a manutenção de uma imagem positiva foi mencionada em diversas palestras no primeiro dia do evento, que teve como ponto alto a abertura feita pelo professor Paul Argenti. Aliás, Paul Argenti apresentou a queda da confiança da sociedade nas empresas com uma metáfora interessante: a do derretimento das geleiras.
Já o segundo dia, o grande destaque foi a necessidade da implantação de métricas para a mensuração de resultados e a importância do alinhamento estratégico das empresas para que elas tenham uma boa reputação. Os gestores de reputação não são mais apenas gestores de marca ou de marketing. Devem entender o negócio e o mercado em que estão por completo, sendo gestores do negócio. E cuidar da imagem que a empresa passa aos stakeholders deve ser uma das prioridades do CEO.
Nas empresas mais bem avaliadas em termos de reputação pelo RepTrak do Reputation Institute, 80% dos CEOs afirmam ter como prioridade a manutenção de uma boa reputação para as suas empresas. Mas em apenas 40% delas há formas consistentes de mensurar resultados de imagem. Neste sentido, esforços como o da Petrobrás de mensurar o retorno de seus investimentos de imagem são super positivos. E, para quem não sabe por onde começar, os professores da USP Otávio Freire e Mitsuru Yanaze dão uma super mãozinha com o livro “Retorno de Investimentos em Comunicação: avaliação e mensuração”.
O destaque do terceiro dia do evento, além do frenesi causado pelo anúncio de que a próxima conferência será em Milão, foi a importância da ética nos negócios e, mais uma vez, do engajamento de todos os stakeholders.
Brasileiros na Conferência:
Este ano os brasileiros bateram o recorde de público nas conferências do Reputation Institute fora do Brasil. Éramos 32 participantes de um total de cerca de 340 inscritos de todo o mundo. Eraldo Carneiro, da Petrobras, teve o seu paper agraciado com o prêmio de "Melhor Paper Não Acadêmico" da conferência. Ele não esteve presente por motivos pessoais e foi representado por Eduardo Felberg.
Os outros brasileiros que apresentaram trabalhos, pela ordem em que aparecem no programa do evento, foram: Tatiana Maia Lins (Makemake), Otavio Freire e Mitsuru Yanaze (Usp), Alexandre Maranhão (Petrobras), Malu Weber (Votorantim), Marcus Vinicius Campos Dias (Reputation Institute) e Luiz Henrique Michalick (Cemig) e, por fim, Paulo Marinho (Itaú Unibanco).
OBS: Texto escrito especialmente para o Nós da Comunicação, publicado originalmente aqui.
O programa completo da conferência está aqui.
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