Esta semana que passou eu assisti, no Encontro Aberje, à apresentação da pesquisa Trust Barometer 2011, realizada pela Edelman em 23 países. Trata-se de uma pesquisa interessante para quem faz planejamento estratégico porque mede a confiança que líderes de opinião (apesar deste conceito estar um tanto defasado - hoje todos podem ser "líderes de opinão") depositam em vários setores da sociedade, como o governo, a mídia, as empresas, etc.
O brasileiro é um povo crente. I mean, dos 23 países analisados, apresentamos os maiores índices de confiança. Como tudo na vida, este dado traz embutido uma dor e uma delícia: ao mesmo tempo que confiamos, mantemos também alto nível de expectativa. Porém, é preciso destacar que nossos vizinhos argentinos e os mexicanos acreditam mais nas empresas brasileiras que a gente. E há muito o que trabalhar em relação à imagem das empresas brasileiras no exterior. Como já mencionei em outros posts, precisamos associar a imagem das nossas empresas também a modelos de gestão sérios e à tecnologia de ponta.
Outro dado interessante é que no Brasil apenas 37% dos respondentes acreditam que a responsabilidade social das empresas é a de simplesmente gerar lucro. Ou seja, para conseguirem legitimidade e posição privilegiada perante os concorrentes, as empresas precisam de uma atuação que não esqueça os ganhos sociais.
A pesquisa mostrou também uma mudança no ranking de confiança das pessoas em relação a onde buscar informação com credibilidade sobre empresas. A figura do "person like me" perde espaço, enquanto o CEO e os técnicos voltam a ocupar posições de destaque. As pessoas querem envolvimento das lideranças, sentem confiança quando escutam informações de tais fontes. Neste contexto, é ainda mais importante que o CEO desfrute de boa capacidade de comunicação. E que as informações continuem sendo difundidas em vários canais e formatos. O brasileiro precisa estar em contato com a mesma informação de 3 a 5 vezes para realmente acreditar nela.
Já entre os BRICs, a Rússia foi o único país a apresentar queda na confiança depositada. Não que isso mude muito a nossa realidade, mas... É algo interessante para acompanhar... Será que o BRIC está se tornando BIC?
A apresentação global Trust Barometer pode ser vista clicando aqui.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Como anda a confiança no mundo?
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3 comentários:
A cobertura do Nós da Comunicação sobre a pesquisa: http://www.nosdacomunicacao.com/panorama_interna.asp?panorama=432&tipo=R
Tatiana. Adorei seu blog. Já estou seguindo. Bjs. Mauro Segura.
www.aquintaonda.blogspot.com
Seja bem vindo, Mauro! :-) Tb to seguindo vc! Um beijo!
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