domingo, 27 de novembro de 2011

Identidade Cultural não se (re)cria em um estalar de dedos



Ainda não entendi essa proposta de divisão do Pará. Fico me perguntando "por que?", "pra quê?" e "para quem" isso é bom. A proposta me parece completamente absurda! Discussão política a parte, ao ver este vídeo de Fafá, em defesa ferrenha ao não, pensei no quão delicado é tirar as referências de identidade cultural das pessoas. E pior ainda quando isso não é escolhido, é imposto, ainda que por vitória (ou derrota) de um plebiscito.

Uma coisa é alguém de livre e espontânea vontade trocar de nome ao casar ou pedir cidadania em outro país. Outra é alguém ver o local em que nasceu e cresceu mudar de nome. Nessa divisão, fiquei me perguntando, se continuará existindo o estado do Pará, ele herdará todo o patrimônio cultural produzido antes da divisão nas outras áreas que vão virar Tapajós e Carajás? Como começam os novos estados do ponto de vista de identidade cultural? Como fazer para que os moradores desses novos estados não mais se sintam "paraenses"?

Se eu tivesse que votar neste plebiscito meu voto também seria nã, nã, nin, nã, não!

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