segunda-feira, 7 de novembro de 2011
A estratégia da Olay para aumentar market share
A Olay é uma marca já consolidada na Europa e nos EUA que está tentando conquistar a simpatia das brasileiras. Eu gosto do removedor de maquiagem para olhos deles. E já estou no segundo pote. Qual não foi a minha surpresa esses dias quando vi este vídeo no Facebook, via Rodrigo Cotrim.
No fim de semana, fui à farmácia e vi um panfleto com Juliana Paes, da mesma campanha. Traga o seu potinho usado e troque por um Olay novo. Fiquei pensando e ainda não sei se, como profissional de marketing, eu seria capaz de propor algo parecido. Por isso, queria a opinião dos leitores do Imagem E Comunicação.
Acho a campanha ousada e agressiva com os concorrentes. Imagina chegar no mercado e, literalmente, trocar o que seriam as "amostras grátis" por potinhos usados dos concorrentes. Isso pode forçar uma reação dos concorrentes que já estão no mercado há mais tempo, num mata-mata desnecessário. Em casos assim, ninguém sai ganhando... nem mesmo as consumidoras, afinal quem sempre paga a conta é o consumidor. Se os cremes anti-idade "entrarem em guerra uns com os outros" imagino que o resultado será economia em princípio ativo por parte das empresas para poder manter o preço baixo.
Por outro lado, é uma forma inteligente de saber, exatamente, quais são os produtos com os quais o Olay concorre efetivamente. Porque a possível consumidora Olay entregará, de bandeja, a informação comprovada.
Bem, talvez eu esteja sendo muito puritana ou conservadora. Mas, até o momento, não me sinto atraída a trocar nenhum produto que eu já uso por um novo com esta abordagem, seja ele qual produto for. E também não me vejo propondo uma ação similar a um cliente. O que vocês acham?
Vocês acham que a forma como a Olay está se comunicando com o mercado é adequada à cultura brasileira? Ou seria mais eficiente em outros mercados onde eles atuam? Ou é eficiente no Brasil, mas não é eficaz para pessoas com o meu perfil? No site, por exemplo, eles falam das Promessas de Olay. E citam a quantidade de pesquisas realizadas para comprovar a qualidade dos produtos. Será que o consumidor brasileiro se impressiona com esses números?
Precisaria estudar mais a Olay para chegar a uma conclusão, mas é bem comum que empresas/marcas com atuação internacional tentem usar em novos mercados estratégias bem sucedidas em mercados anteriores, mas que não são tão adequadas ao novo mercado. Um erro básico!
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2 comentários:
Tati, que ódio. Escrevi um texto enorme como comentário e ele não foi. Vou tentar reproduzir as idéias.
:(
Sem dúvida a estratégia é agressiva, pois este mercado é muito competitivo. A venda de cosméticos no Brasil se não está na segunda posição, certamente está entre os cinco maiores mercados do mundo. A barreira de entrada é alta, basicamente devido à logística, que precisa ser bem articulada para não encarecer as fretes. Considerando que a nossa malha é rodoviária, os custos são ainda mais altos. Isso interfere em tudo, principalmente em precificação.
Essa ação visa mesmo apresentar o produto a um público que até então não conhecia a Olay (por isso a propaganda em tv aberta). Acredito que ela veio para brigar diretamente com Nívea e Avon, marcas mais tradicionais que são associadas ao boca a boca e à experimentação.
Particulamente a estratégia não me desagrada. Acho até simpática, pois permite o acesso de um produto por um custo muito baixo, quase zero. No caso, muito bem sacado por você, o pagamento seria a informação de qual produto a prospect usa atualmente. Sem dúvida, não será a única informação que a empresa utilizará, mas já seria um indicador interessante por praças.
O risco que a empresa corre, é o jeitinho brasileiro. Explico: imagina uma fofinha comprando minancora e trocando por um Olay Soundround só pra pagar menos? Sei lá...pode acontecer. :) Oportunismo é coisa nossa! :)
È isso, Tati. Acho que lembrei de tudo. :)
Parabéns pelo blog. Bjs!
um saco mesmo quando a gente escreve e perde...
é, eu sei que o mercado dos cosméticos é bem disputado por aqui, principalmente porque as brasileiras consomem muitos cosméticos e ainda acham que podem consumir mais um pouco.
Bom ler a sua visão, querido!
Um beijo!
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