segunda-feira, 7 de junho de 2010
O sincretismo religioso da Bahia e a construção da imagem corporativa
Eu tinha ficado de escrever mais sobre a conferência do Reputation Institute aqui no Rio e, na viagem para Salvador, encontrei um ótimo gancho.
A última sessão plenária da quarta, dia 19, discutiu os fatores-chave para a construção e sustentação de uma boa reputação para uma empresa que opera em vários países. E Salvador Apud levantou muito bem a importância de entender a cultura local em que uma empresa estrangeira deseja se instalar.
Para ele, empresas só conseguem se manter em mercados globais sem pensar no aspecto cultural se não tiverem concorrentes fortes. E ele chegou a afirmar que o sentimento de nacionalidade consegue limitar aspectos racionais.
Assim, ele deu uma verdadeira aula sobre como negociar levando em consideração o ponto de vista do outro. Não dá mais para chegar em outros países e tentar impor o modo de operar, de vender, de agir da sede sem fazer concessões. Parece óbvio e fácil, mas tem muito peixe grande errando por aí!
E o que isso tem a ver com a Bahia? Bem, só no Pelourinho encontramos uma placa em frente a uma igreja católica em que se lê "Largo Terreiro de Jesus". Só na Bahia o sincretismo é tão aceito e difundido que um terreiro de candomblé pode ser dedicado ao grande redentor do Catolicismo e ninguém estranha. Se uma empresa tentar ir para a Bahia e não for benevolente e aberta a novos paradigmas pode se dar super mal!
Salve Salvador (Apud)!
Veja mais sobre o primeiro dia da conferência do Reputation Institute no Rio aqui.
Todos os posts do Imagem e Comunicação inspirados na conferência estão no marcador RIRio.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Penso que existem três desafios importantes na compreensão do outro, que vale tanto para uma empresa quanto para um profissional: observação, despir-se de preconceitos e tempo para processar as informações. Desafios porque em nosso contexto tudo acontece muito rápido, não há tempo para observar e observar-se, para descobrir nossos preconceitos e descobri o outro. Por isso, muito peixe grande erra feio.
Adorei o Largo Terreiro de Jesus!
People! Mandei um email para Salvador Apud com a foto do Terreiro de Jesus e ele me lembrou de outro ótimo exemplo de sincretismo: a Virgem de Guadalupe.
Ou seja, não é somente na Bahia que as religiões se fundiram tão bem. No México também!
Cíntia, descobrir nossos preconceitos e dar tempo para descobrir o outro é mesmo um desafio e tanto! Concordo com você! :-)
Postar um comentário