terça-feira, 30 de março de 2010

Saúde, Sustentabilidade e Reputação

Agora em português:

Para manter ou obter uma boa reputação, as empresas têm se mostrado muito preocupadas com questões de responsabilidade social. Relatórios sociais estão pipocando a todo momento, trazendo informações sobre como as empresas estão tentando reduzir as suas emissões de carbono e também que medidas estão sendo tomadas para alcançar práticas sustentáveis. "Certificação de matérias-primas" e "redução de embalagem desnecessária" são itens frequentemente mencionados.

No entanto, embora as empresas e o debate sobre a sustentabilidade estejam profundamente preocupados com assuntos ambientais, parece que a Saúde não é prioridade, visto que o tema é raramente examinado. O discurso comum é que os bens e serviços devem ser "ambientalmente amigáveis" porque o planeta está pedindo socorro. Mas, proporcionalmente, poucas pessoas perguntam se bens e serviços são “amigos da saúde humana".

Relatórios de testes comparativos de produtos feitos por associações de consumidores ao redor do globo em 2009 deixam claro que a saúde humana não é levada em séria consideração pelas empresas durante o desenvolvimento de produtos. Por exemplo, uma empresa que faz uma campanha anual enorme de levantamento de fundos para o tratamento do câncer infantil fabrica e vende uma refeição para crianças que traz mais gordura trans do que uma refeição de frango para adultos (McCase). Será que essa empresa realmente se preocupa com a saúde das crianças? Em uma sociedade de consumo consciente, qual seria o impacto na reputação que esta empresa sofreria se tal informação fosse revelada?

Ou o que dizer de empresas que combinam dois conservantes em um refrigerante que, quando juntos, liberam benzeno - tido pela Organização Mundial de Saúde como uma substância potencialmente cancerígena? Essas empresas poderiam substituir um dos conservantes por outro para obter o resultado desejado, mas sem ser um potencial perigo para a saúde humana (BenzeneCase). Estes são apenas dois exemplos de vários outros que podem ser apontados.

O debate sobre a sustentabilidade tem de prestar mais atenção ao bem-estar dos consumidores. Qual a razão em ter um planeta saudável, se não tivermos seres saudáveis para apreciá-lo? Além disso, se o consumidor vive mais tempo, ele pode girar mais a economia do que se ele morre prematuramente devido a doenças causadas por produtos ou serviços inseguros.

É hora de as empresas repensarem suas práticas e seus valores de sustentabilidade, agregando a saúde humana para o debate. Se não como uma “filosofia empresarial", pelo menos, como uma ferramenta para mitigar os riscos de reputação. Os consumidores estão ficando mais conscientes e hoje trocam informações com outras pessoas como nunca antes, graças ao poder de das redes sociais. Sendo assim, os danos à reputação nunca foram tão perigosos.

2 comentários:

Fernanda disse...

Eu concordo com você em grau, gênero e número... de que adianta pensar no meio ambiente e em responsabilidade social se não pensa no homem?!
Para mim o nome disso é hipocrisia.

Parabéns pelo seu texto, Tati!!
Sou sua fã!!! =)

Anônimo disse...

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